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sábado, 23 de novembro de 2013

Em ano atípico, São Januário recebe menor número de jogos desde 1987



Com cessão à Fifa, obras, suspensão de mando de campo e até opção técnica, estádio vascaíno termina temporada com 15 partidas. Há 26 anos, foram 10

O descontrole do caminhão que derrubou 10 metros do muro de São Januário nesta sexta-feira parece ter sido o último capítulo de um ano atípico na temporada do estádio vascaíno. Há 26 anos que a Colina Histórica não recebia tão poucos jogos em sua casa numa temporada. Este ano, foram apenas sete partidas pelo Brasileiro, seis pelo Carioca, uma pela Copa do Brasil e ainda um amistoso - a despedida de Pedrinho. Antes disso, o estádio que é orgulho dos vascaínos só havia recebido menos partidas em 1987. Na época que o presidente Roberto Dinamite ainda atuava - e tinha ao seu lado Romário, Bismarck, Geovani, entre outros, o Vasco só jogou 10 vezes em casa.

A lista de motivos para esse ano que pode ser considerado atípico em São Januário é extensa. Logo no início da temporada, a diretoria acertou com a Fifa a cessão gratuita do estádio para que São Januário servisse como centro de treinamento para a Copa das Confederações. Em troca, o clube recebeu equipamentos de treinos - como balisas e barreiras móveis - e uma alta exposição internacional, com jogo-treino da Itália e atividades da campeã do mundo Espanha e da seleção brasileira, que treinou na véspera da final no estádio do Vasco antes de se sagrar campeã da competição organizada pela Fifa. Ainda com o técnico Paulo Autuori, o time jogou apenas a estreia do Brasileiro no seu estádio - venceu a Portuguesa por 1 a 0 - e depois viajou para enfrentar Atlético-MG e Bahia em Volta Redonda.

O segundo motivo que levou o Vasco a deixar São Januário em segundo plano foi econômico. De olho na renda, a diretoria levou o confronto com o Corinthians para Brasília. Apenas sob aspecto financeiro, a partida valeu à pena. Afinal, o clube levou mais de R$ 1,5 milhão entre renda (o Vasco ficou com R$ 841 mil) e a venda da partida - uma empresa terceirizada pagou cerca de R$ 800 mil pela organização do confronto com os paulistas. Mas o prejuízo técnico saiu caro: Vasco e Corinthians empataram por 1 a 1 e os torcedores brigaram na arquibancada, o que provocou a suspensão de quatro mandos de campo para cada clube no Brasileiro.

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